A vida resume-se a um vortex emocional. Certas vezes atiro-me para ele de cabeça e acabo sempre por sair com lesões, lesões que não são curadas com engenhocas ou toxinas, mas sim pelo tempo. Só o tempo cura estas lesões, tempo que temos de aguentar com a cabeça erguida, tempo que custa a passar, tempo que temos de aguentar com aquela dor horrível.
Quando finalmente a ferida cura, há sempre algo parvo para a fazer abrir de novo, e depois, gente parva, põe o dedo na ferida.
Arde tanto, e tu, de certa forma, gostas de ver a dor estampada na minha cara, amas ver o terror exposto nos meus olhos. Dá-te assim tanto prazer ver as lágrimas no meu rosto?
Mas sabes? A ferida já cicatrizou, a dor no meu rosto já se tornou alegria, o terror nos meus olhos agora, simplesmente, é indiferença e, por fim, sei que a ferida nunca mais vai abrir.
Os meus olhos foram ao encontro de outro olhar, sei que vou sofrer, mas de certa forma até estou feliz …
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