Foi um grande erro, não devia, acabei por te afastar quando fazias cá mais falta, quando o que queria era ter-te junto a mim, queria que visses a minha inocência, a que me resta, queria que visses o brilhozinho nos meus olhos, por trás daquela imensa bruma, mas simplesmente nem o procuraste, não consegues fazer de mim mulher o suficiente para ti, sabes o quanto em magoas dessa forma?
Gostava que me agarrasses na mão e visses que a menina pequenina permanece aqui, aquela que tu adoravas, mas pensas que eu cresci, e como já viste que estou no meio das duas fases que pretendes, foste ter com outra que julgas mais mulher.
Mas te garanto, lembras-te daquelas palavras queridas que dizíamos? Estás a ver a maneira como eu te dava a mão? Nunca vão ser os teus ouvidos ou as tuas mãos que me vão sentir, mas vais ficar pasmado quando a menina que pensas que cresceu, vai estar agarrada a outro, a sonhar com outro, vais ver que aquele brilho nos meus olhos permanece, mas desta vez, a olhar para outro da maneira que te olhava. Tenho tantas saudades tuas, consegues apenas perceber como me importavas?
Sempre me importaste, amei-te como nunca amei ninguém, importei-me contigo, acima de tudo estavas sempre tu. Como é que me pudeste fazer isto?
O teu sorriso, tão falso, tão sínico, encantou-me, porque eu acreditei cegamente na sua pureza, na sua honestidade, mas era tudo mentira não era?
Quase toda a minha inocência, que e fascinava, desapareceu na imensidão daquele infinito, e tudo porque a exploraste de mais …
Eu e Tu... Nós
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